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Casa Santa Dulce dos Pobres

Casa Santa Dulce dos Pobres

Novo projeto para o Abrigo Santa Dulce dos Pobres

Com alegria informamos que a Cáritas foi selecionada no chamamento público para acolher 40 pessoas em situação de rua.

O Abrigo Santa Dulce dos Pobres, que foi criado como “abrigo emergencial” durante a pandemia, encerra o convênio com a prefeitura no dia 11 de outubro e inicia uma nova etapa. No novo projeto ele passa a ser “abrigo provisório”. O termo “provisório” se refere ao tempo de permanência que será de 15 a 20 dias para os acolhidos, que após este período serão encaminhados para outros abrigos da rede de assistência do município.

Resistência​

Processo criativo das atividades de oficinas da Casa Santa Dulce dos Pobres.

Projeto “Que cara a rua tem?
Esse projeto tem como objetivo construir uma narrativa auto explicativa visual através de gravações de vídeos e click de imagens do dia-a-dia de pessoas que ocupam o espaço coletivo de abrigamento Casa Santa Dulce em prol de fomentar, ressignificar, viabilizar essa população que ocupa por longo ou curto período de tempo esse espaço que passa a ser seu Lar.

Além das atividades laborais de capacitação, o projeto tem como objetivo promover o cuidado da saúde mental dessas mulheres, para que elas entrem nos espaços de geração de renda com resiliência e possam se sentir pertencentes a esses lugares.

No primeiro encontro, promovemos com as alunas um círculo de fortalecimento de vínculos, baseado na metodologia da Justiça Restaurativa. O objetivo foi oferecer para todas a oportunidade de experimentar e compartilhar os lugares em que cada uma se vê, contando histórias, vivências, promovendo a empatia e os laços afetivos e de identidade entre todas.
Para elaboração do projeto Qualifica: “Da cabeça aos pés” foram observados importantes pontos sobre as necessidades do público alvo: mulheres e mães em situação de vulnerabilidade social que vivem na Casa Abrigo Santa Clara.

As necessidades mais latentes vêm de questões que envolvem a vulnerabilidade e a saúde mental dessas mulheres, marcadas pela insegurança e pouca resiliência; pela falta de oportunidade de inserção, tanto no mercado de trabalho formal quanto informal, ou em qualquer outro espaço de geração de renda; pela falta de formação ou capacitação em atividades para geração de renda e dificuldade com a organização financeira.

Os principais objetivos são: acolher e acompanhar as demandas de saúde mental, por meio de atendimento psicossocial, promovendo segurança e resiliência, para a inserção dessas usuárias no projeto Qualifica: “Da cabeça aos pés” e em espaços diversos de desenvolvimento e geração de renda; capacitação profissional na área de manicure e pedicure para recuperação de autonomia e independência financeira e capacitação sobre empreendedorismo e organização financeira.

O projeto, agora aprovado, começa a ser estruturado pela Casa Abrigo Santa Clara e Cáritas Arquidiocesana de Campinas, que o idealizaram. Em breve serão feitos o treinamento dos profissionais envolvidos e a escolha do espaço para sediar o atendimento aos clientes.

Minicurso de “Controle de Acesso”

Com muita alegria foi feita a entrega de Certificados de Conclusão de Curso para os participantes da primeira turma do primeiro minicurso oferecido pelo Abrigo Emergencial “Casa Santa Dulce dos Pobres”.

Foram ao todo seis encontros de três horas, no mês de abril, que tiveram como objetivo promover qualificação na área de controle de acesso, além de atualizar os currículos dos participantes. O curso ofereceu uma introdução ao campo de atuação, apresentou o “Código Q”, noções de segurança no trabalho, primeiros socorros e o cotidiano da função com exercícios de postura e práticas de atuação frente ao posto de serviço, bem como simulações de entrevistas de emprego para o cargo.

“AYITI”

O Documentário “AYITI” é resultado da mobilização coletiva de usuáries e trabalhadores do Abrigo Emergencial para População em Situação de Rua “Casa Santa Dulce”, em Campinas – São Paulo, em prol do estudo e da produção audiovisual como elaboração de vínculos entre dois países, bem como para construção e transmissão de conhecimento, unindo públicos diversos em uma criação coletiva e horizontal.

Contribua com doações para a Casa Santa Dulce dos Pobres​

O abrigo emergencial da Cáritas “CASA SANTA DULCE DOS POBRES”, que acolhe até 40 pessoas em situação de rua está recebendo doações para melhor atendimento e segurança dos usuários e funcionários.

No momento são necessários:
Psicólogo formado pela Universidad Mayor de San Simón, em Cochabamba, trabalhou por 5 anos na Cáritas da Bolívia. Nesse tempo, coordenou a Comunidade Terapêutica EMAUS e o projeto HIV/Aids da Cáritas Arquidiocesana de Cochabamba-Bolivia, que atende e acolhe homens e mulheres adultos que vivem com o vírus de HIV/Aids.

Há sete anos na Cáritas Arquidiocesana de Campinas, coordenou por um ano a Casa de Apoio Santa Clara e, por seis anos, o Abrigo Feminino Sta. Clara, da Associação Casa de Apoio Sta. Clara/Cáritas, em ações voltadas para mulheres com ou sem filhos, em situação de rua ou vulnerabilidade social, com foco na emancipação e reinserção social.

Facilitador de grupos e divulgador do movimento de Ouvidores de Vozes, também atua como facilitador de Círculos Restaurativos e de Paz. Em seu lugar, na coordenação do Abrigo Feminino, assume Angélica Sartori.

Naiber também assume a função exercida com dedicação e muito amor, durante 23 anos, pela nossa querida Zezé (Maria José Borelli Mamprin). A ela a gratidão e o reconhecimento da Cáritas e a ele um caminho longo, cheio de oportunidades de crescimento e bons frutos para todos que trabalham e são atendidos pela Cáritas Arquidiocesana de Campinas.
É em meio às dificuldades que algumas pessoas se iluminam e assumem a difícil missão de socorrer os mais necessitados. Felizmente, esses que despertam não são poucos. Ao contrário, formam um pequeno exército capaz de fazer diferença na vida de muita gente. Pesquisa recente encomendada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) à Fundação Grupo Esquel Brasil (FGEB), sobre a Ação Social da Igreja no Brasil, colheu números impressionantes. “Somando-se as 21 Pastorais Sociais estruturadas nacionalmente, as Obras Sociais da Igreja chegam à somatória de 499,9 milhões de atendimentos a cerca de 39,2 milhões de pessoas e aproximadamente 11,8 milhões de famílias”, informa o site da CNBB.
O ponto de partida desse processo de construção de vínculos a projetos de vida é o reconhecimento da maternidade potencial, mas muitas vezes oscilante e desromantizada pela realidade de mulheres que vivem entre o conflito e o desejo da maternidade, sendo mães sem se sentirem mães.

Todos (mães e filhos) são convidados a se colocar frente a frente, para que as mulheres troquem experiências e informações e passem a entender que são iguais em diferentes aspectos. A oficina passa a ser um canal aberto para catalisar sentimentos, atitudes e desenvolver recursos e habilidades latentes.

É preciso considerar as dificuldades na dinâmica do resgate às referências que essas mulheres obtiveram como modelo maternal e até mesmo a ausência dessa personificação. Por meio desse método, a intenção é promover o desejo de reconexão com a criança. O Abrigo se dispõe, então, como um terreno seguro e aberto, que envolve a todos para novas vivências
Tomados pela exaustão que o distanciamento social e projetos interrompidos causaram, conseguimos, mesmo assim, construir dentro desse cenário, uma celebração à vida e ao coletivo que ali resiste.

Dentre as trocas de afetos e olhares que agora sorriem por cima das máscaras, curtimos esse dia com comida boa, conversas, risadas, lembranças, jogos e muita dança.

A decoração contou com a participação da equipe e das moradoras, que puderam compor suas subjetividades no espaço.

Desde o início da construção da festa, pudemos presenciar a ação coletiva em prol de uma ação empática, que viria a acalentar os corações aflitos.

O cotidiano rompido, que manteve o potencial de vida em estado de latência, agora se manifesta por meio da celebração à vida, e à cultura.
Com algumas alterações visando a segurança de todos, acolhidos e funcionários não puderam receber convidados. Foi um encontro festivo apenas para os que já estão em distanciamento social no abrigo, evitando assim a exposição e diminuindo o fluxo de pessoas. Contamos apenas com a presença do violeiro Fábio Vieira, que de forma voluntária e com o coração alegre e solidário, nos brindou com músicas típicas. Todo o encontro se restringiu às áreas externas da casa, um espaço amplo e arejado.

Todos ficaram envolvidos nessa construção coletiva por uma semana, onde o fazer humano se ressignifica na partilha com o outro. Tivemos oficina de bandeirinhas, construção de globos de pipoca, escolha do cardápio, planejamento financeiro etc. Tudo trabalhado de forma coletiva para o bem comum.

Que a Esperança se faça sempre presente no coração de todos e em toda família Cáritas!

Por: Mônica T. Romão.
Coordenadora da Casa dos Amigos de São Francisco de Assis

Ouça, abaixo, a íntegra do podcast apresentado por Natália Suzuki e Thiago Casteli.Durante esse período, serão realizados eventos online de celebração, conscientização e homenagem a todos(as) os voluntários(as).

Confira os próximos eventos desta semana:A dinâmica de cada encontro, com participação de quase 40 pessoas, envolve a partilha de informações e experiências no trabalho com as pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social, em Campinas.